CEREDA JUNIOR, A. Transformação Digital Territorial no Agronegócio. Revista PRODEMGE, Belo Horizonte, Ano 15, n. 20. p. 105-109, dez. 2018.
Resumo
A Inteligência Geográfica, ou seja, o processo de integração entre a Ciência Geográfica e as Tecnologias, traz à discussão não a relação com a técnica ou homem-máquina, mas sua relação cidadão-sociedade-tecnologia. Desta forma, a adoção de Tecnologias e Geotecnologias vai muito além de softwares para fazer mapas: desde a produção de grãos 7000 a.C. no Antigo Egito, chegando às imagens de satélite, sistemas de localização (GNSS) e agora a Transformação Digital, o Agronegócio sempre esteve à frente das inovações com uma característica em comum: a ação e transformação do Espaço Geográfico por meio de Técnicas e Tecnologias em seu estado-da-arte. Unindo conteúdo e metodologias geográficas por meio de Análises Espaciais, Técnicas e Conceitos e as Tecnologias, a Inteligência Geográfica permite que a Transformação Digital Territorial no Agronegócio responda às perguntas intrinsecamente espaciais em seus processos de negócio, com a tríade pessoas, processos e tecnologias.
A tecnologia encontrou um terreno fértil no agronegócio brasileiro. Já começa a mudar os resultados de safras, diminuir as perdas, dar precisão à agricultura, aumentar a produção leiteira, rastrear o comércio de carne, reduzir incêndios. O setor é impulsionado pela Internet das Coisas, inteligência artificial, drones, edição genômica, big data, algoritmos. E deve crescer ainda mais quando a conectividade for ampliada por todo o país.
Hoje, a adoção das novas tecnologias pela agricultura e pela pecuária se difere nas várias regiões do Brasil. Segue acelerada no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, mas com viés de crescimento em todos os lugares. Estamos na era do agro 4.0, na qual o produtor pode coordenar todo o rebanho leiteiro, conhecer o comportamento do animal, individualizar a alimentação, evitar prejuízos. Isso acontece na Fazenda Cobiça, localizada no município de Três Corações, no sul de Minas, que produz 32 mil litros de leite por dia, com previsão de chegar a 50 mil litros diários daqui a três anos.
As novas tecnologias 4.0 estão na agricultura para detectar problemas na plantação, identifcar áreas afetadas por pragas e indicar tratamentos adequados. Sempre há uma solução. E, por mais difícil que pareça, as startups encontram uma saída, sim, elas que se multiplicam no país e fazem uma revolução no campo. Esta 20ª edição da revista Fonte mostra, inclusive, algumas ferramentas criadas por startups ligadas ao projeto de pré-aceleração Lemonade, desenvolvido pela Fundep e Fundepar, e da EsalqTec Incubadora Tecnológica.
As pesquisas no agrobusiness continuam. A Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) apoia projetos de melhoramento genético do café, de olericulturas e de animais, além de pesquisas em tecnologia de informação (ferramentas de big data, sensores, softwares). A revista Fonte foi a campo fazer um raio X das novas tecnologias aplicadas ao agrobusiness Brasil afora. Mais e mais evoluções virão, segundo os especialistas entrevistados nesta edição. Desejamos a vocês uma ótima leitura! Diretoria da Prodemge.
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