Durante minha atuação como gestor na área de Educação, oportunidades ímpares foram criadas, como cerca de 23 palestras, 11 workshops, 5 Webinars somente em 2015, em diversas Universidades e Institutos de Pesquisa do Brasil, em Humanas, Exatas e Biológicas (Prof. Dr. Abimael Cereda Junior).
Contudo, o primeiro portal a divulgar o artigo foi o IT FORUM 365, no dia 04 de março de 2015 (e, olhando para o calendário agora, quase um ano atrás exatamente!).
Reunião sobre a estrutura das falas no LAUC 2014 (02/09/2014). A versão final foi diferente, mas a Geografia das Coisas permaneceu.
Com uma parceria bem sucedida com o MundoGeo, fizemos o webinar “O poder da Geografia das Coisas“, no dia 30 de abril de 2015, com mais de 600 participantes.
No artigo “The Location of Things” de Tom Coolidge da Esri, de 23 de abril de 2015, ele define
A apresentação em “minha casa”, na UNESP Rio Claro, durante I Congresso de Geografia de Atualidades, em julho de 2015, trouxe maior embasamento ao tema, uma vez que a discussão foi “A Ciência Geográfica e a Geografia das Coisas”.
Mas, afinal de contas, do que estou falando ao discutir e hoje ter citações em palestras apresentadas na Europa sobre a Geografia das Coisas?
O conceito “Geografia das Coisas”
A ideia é a publicação de um artigo indexado, mas como sabemos o tempo para a publicação, gostaria de apresentar alguns pontos adicionais – as dimensões da Geografia das Coisas. Por ser autoral, a parte inicial já está presente no artigos citados acima e outros.
A chamada “Internet das Coisas” (IoT), termo cunhado por Kevin Ashton, do MIT (Instituto De Tecnologia De Massachusetts) em 1999, não tem um conceito claro ou único, mas podemos entendê-la como outra forma de descrever uma rede de dispositivos, pessoas ou equipamentos interconectados. Uma vez conectados, os dispositivos podem enviar dados entre si ou para pessoas, que poderão analisar, escolher e manipular os dispositivos remotamente, conforme o Coordination and Support Action for Global RFID-related Activities and Standardisation (Casagras).
“…não são somente operações técnicas, mas, sim, novas formas de interagir com seu meio e com as pessoas, que modifica a maneira como entendemos e construímos o mundo.“
De maneira sucinta, a anunciada IoT descreve um futuro em que objetos banais – como um relógio, ou mesmo sua geladeira – estão conectados à internet e podem se identificar, bem como se conectar a outros dispositivos, enviando e recebendo informações, permitindo a interação homem–máquina, bem como máquina–máquina. Tendo isso em mente, a Inteligência Geográfica, ou seja, a integração entre a Ciência Geográfica e as Tecnologias – em seu “estado da arte” – permite-nos o desvelar não só do Território, mas o entendimento do Lugar. E, com isso, podemos cunhar o termo “Geografia das Coisas” (ou GIS of Things), que concretiza o que foi prenunciado pelo pai do Sistema de Informações Geográficas – SIG (GIS), o geógrafo Roger Tomlinson em 1962. Ele afirmava: “Quando você descobre a Geografia, você ganha um novo par de olhos”. Sabemos que essa relação não é somente homem–máquina: é uma relação cidadão– sociedade–tecnologia.
A Geografia das Coisas
“Vivemos a Geografia das Coisas, que amplia o horizonte da Internet das Coisas e confere humanidade a ela.“
Posto isto, quais são as dimensões que compõe a Geografia das Coisas? Dispositivos, Vivência, Sociedade e Sistemas de Informação integrados e interligados por meio de redes de informações, como anunciado por Castells, em que a relação não é somente homem-máquina, mas uma relação cidadão-sociedade-tecnologia, é possível utilizarmos smartphones, redes sociais e colaborativas, softwares e aplicativos de baixo custo ou mesmo padrões abertos.
A próxima parte deste artigo trará a discussão sobre tais dimensões; o objetivo não é exaurir ou finalizar o tema, pois além de ser uma construção, precisa ser refutada, por meio de artigos em revistas indexadas.
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