Inteligência Geográfica na Educação

PorAbimael Cereda Junior

Inteligência Geográfica na Educação

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CEREDA JUNIOR, A. Inteligência Geográfica na Educação: Transformando o mundo por meio da integração tecnológica e geoespacial no processo de ensino-aprendizagem. Conhecimento Prático: Geografia, São Paulo: Editora Escala, p.30-31, jan. 2015, edição 58. Bimestral.

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Transformando o mundo por meio da integração tecnológica e geoespacial no processo de ensino-aprendizagem

Entender onde e como os fenômenos humanos e naturais interagem com os demais é fundamental para permitir que as pessoas consigam conviver em harmonia com o mundo que as cerca. Conhecer suas origens, fronteiras, o processo de formação territorial e cultural, compreender as nuances e as complexidades sociais, ambientais e econômicas de onde vivemos são requisitos essenciais para formar cidadãos informados e capazes de tomar decisões, seja na vida pessoal, seja na vida profissional.

E cabe a nós, educadores, o papel da não reprodução conteudista, mas levar os alunos à compreensão com vistas à intervenção, em uma era na qual saber onde está diz muito mais sobre você do que qualquer outra informação. A chave para essa compreensão do mundo é a Inteligência Geográfica.

De fato, a Geografia está inserida em nosso cotidiano de maneira nunca vista antes. Pela primeira vez na história da humanidade, o mapa nos localiza – não mais procuramos nossa posição no mapa. A nova geração de alunos, mais informados e conectados, está chegando às escolas buscando seu protagonismo como cidadãos. O mapa – que revela a imensidão e a complexidade do mundo aos estudantes e a importância de entender onde as coisas acontecem e como elas impactam as nossas vidas – não pode ser somente estático, ou criado com vistas a ilustrar um fato ou conceito. O uso de Sistemas de Informações Geográficas (GIS), plataformas de ensino e mapeamento em nuvem, conteúdo geográfico aberto, dispositivos móveis de localização e aprendizagem baseada na resolução de problemas precisa ser adotado nos processos educacionais.

Mapas? 

revistageografia-janeiro2015Por meio de mapas interativos na web, mapas que contam histórias, imagens de satélite ou aplicativos em dispositivos móveis, a necessidade de saber onde estamos e de ter informações de como chegamos – e interagimos – em determinado lugar nunca nos foi tão importante e valiosa. Com o advento da sociedade em rede, ter conhecimentos geográficos é fundamental para formar profissionais aptos para a tomada de decisões, em uma era na qual precisamos considerar múltiplas dimensões têmporo-espaciais para o entendimento e a proposição de um futuro melhor.

Conciliar novas metodologias, práticas e tecnologias com processos educacionais parece difícil, quase utópico, mas existem caminhos. Como escolas, universidades e outros ambientes educacionais podem ser espaços de novas oportunidades na construção dos saberes, permitindo que os alunos possam ser agentes de mudança, não só os capacitando em técnicas, mas os educando com a visão e o entendimento espacial? A resposta está em nossas mãos – e nas de nossos alunos: algumas secretarias de educação afirmam que 98% dos estudantes da rede pública acessam diariamente, em alguma plataforma, a internet.

Contudo, somente 2% dos professores usam tecnologia como suporte em sala de aula. Integrar a tecnologia que já temos e as que estão disponíveis nos permite falar a mesma linguagem dessa geração, além de trazer e consolidar o conceito de Inteligência Geográfica, que se baseia em análises, comparações, pesquisas de campo e resolução de problemas reais, para dentro das salas de aula. Entretanto, o apoio e o investimento (financeiro e pessoal) da instituição – seja ela escola, universidade ou centro comunitário – são essenciais, com a ambientação e a preparação tecnológica, além da fundamental capacitação dos educadores para melhores práticas de ensino e conteúdos integrados.

De fato, a Geografia está inserida em nosso cotidiano de maneira nunca vista antes.

Em sala

Quando os alunos utilizam a Inteligência Geográfica no processo de aprendizagem, eles estão desenvolvendo habilidades de análise e pensamento crítico que moldarão os profissionais do futuro. Já vemos iniciativas para inserir a Inteligência Geográfica nos currículos de escolas e universidades de todo o globo, da América Latina a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde o uso da tecnologia somada à Geografia está se mostrando ilimitado na educação das novas gerações de técnicos e especialistas nas mais diversas áreas e dimensões – social, ambiental e econômica.

Experiências como as que estamos vendo – e promovendo – superam os limites da educação convencional e permitem um número infinito de possibilidades a serem exploradas para melhorar a educação e transformar o mundo com o que sabemos fazer melhor: ensinar o próximo.

Sobre o autor

Abimael Cereda Junior administrator

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